17.12.10

O REINO FEMININO - Coluna Percepções

O REINO FEMININO
André Silveira

O assunto desta semana aborda uma temática perigosa – para mim –, porém necessária em meu pensamento, onde tentarei demonstrar o que penso sobre o mundo feminino, destacando alguns importantes aspectos. De forma alguma tentarei “impor” minha opinião, até porque não para isso que escrevo todo o santo dia. Nesta coluna vamos tentar revelar aquilo que está sendo coberto pelo tempo e pela chamada “evolução” da espécie, que, na minha opinião, parece mais um retrocesso social.

Desde o inicio dos tempos, na era dos nômades, as tribos escolhiam seus líderes, para que comandassem e protegessem seu povo. Geralmente esses líderes eram os homens mais inteligentes, fortes e lutadores, com dons suficientes para derrotar qualquer inimigo. Porém, a força física do homem não era o suficiente, pois existia a necessidade de uma comunicação com a “força” que existia – e ainda existe. Não que naquela época eles soubessem o que era Deus, mas sabiam que havia alguma força que guardava o mistério da existência.

Essa comunicação dava-se por meio dos seres mais sensíveis, daqueles que são taxados como “a origem da vida”, ou seja, as mulheres. O papel das mulheres na antiguidade era fundamental, pois com sua sensibilidade aguçada, seus dons de carinho e inteligência, entravam em contato com a natureza e com toda energia que cobria o universo, estabelecendo uma porta de comunicação entre o humano e Deus.

Porém, com o tempo, os homens – vendo que as mulheres estavam com “poderes” superiores – resolveram tomar para si tal papel, e foi a partir deste ponto que as mulheres começaram a ter uma imagem diferente para muitos. A imagem da ligação feminina com Deus foi se perdendo – e isso nunca deveria ter acontecido. A mulher sendo mais fraca fisicamente sucumbiu diante do masculino que tomava todas as decisões, e o sentido de mulher-escrava foi marcado a fogo na sociedade. E o pior: Isso vive até hoje.

Temos muitos homens que desrespeitam a ligação da mulher com a vida, trancando-as em uma casa, colocando rédeas em suas vidas, tomando para si o poder de decisão. Mas pelo amor de Deus, isso é um direito inerente a todo ser humano, onde está a liberdade? E não é culpa só do homem social da atualidade, pois existem muitas mulheres – e isso vocês mulheres terão de concordar – que se rebaixam ao extremo por esta estúpida causa, fazendo este princípio imoral vigorar ainda mais, muitas vezes tornando-se “rivais” dos homens em qualquer causa, criando uma mentalidade egoísta e agressiva, que faz a forma pura da mulher se igualar aos homens cruéis e opressores.

A mulher é um ser supremo, disto não tenho dúvida. As mulheres enfrentam desafios diários e mesmo assim são incompreendidas, pois a ligação da mulher com o universo é tão forte, que a mesma complexidade universal dos mistérios encontra-se na sua vida. A mulher é um ser que é tão perfeita e complexa que nem ela mesma se compreende, e isso é uma clara demonstração de superioridade diante dos primatas masculinos, que são previsíveis como um espelho.

Claro que existem homens que são dignos desta complexidade, e têm consciência disso, assim como existem mulheres que desconhecem sua perfeição e acabam sendo como homens, cruéis com os outros e consigo mesmas. Portanto, fica claro que a palavra perfeição não vem de uma superioridade de poder, mas sim de criação, e seguindo os passos da criação e da complexidade a mulher pode desbravar não só sua mente, mas digna e conscientemente, deixando de lado a raiva por seus agressores e sendo verdadeira, buscar seu lugar no altar da humanidade, de onde nunca deveria ter sido tirada. A humanidade precisa dessa sensibilidade, ou seja, a mulher em sua mais pura forma precisa influenciar o mundo e seus povos, tendo contato com o que ela sempre teve: Deus.

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