27.12.10

A VIDA E A MORTE - Percepções

A VIDA E A MORTE
André Silveira

Sinto o sol batendo em meus olhos, a claridade é tanta que procuro uma sombra em minhas mãos para ofuscar a luz do astro rei. O vento sopra agressivamente e meus cabelos voam livremente, aproveitando a brisa natural que traz consigo a dúvida. Sinto o tempo passar. Com medo.

Sinto o tempo, mas não consigo explicá-lo, apenas sei que – comparado com o tempo de existência do universo – para mim há pouco tempo nesta existência. Nesta existência. Sinto medo da morte. Mesmo sabendo que tudo que nasce um dia vai morrer.

O ser humano é assim, ele sente medo de viver por ter medo de morrer. Vejo minha vida passar e nada mudar. As pretensões do futuro se acabaram, não realizei o que queria, tive medo de tentar, tive muito, muito medo da morte. Imagina só, ficar sem meus parentes, meus amigos, minha esposa. Sou jovem demais para morrer.

A brisa bate mais uma vez em meu cabelo, sou empurrado pela ventania, como se quisesse me dizer algo. O horizonte está iluminado por distantes raios de sol, que levemente tocam no mar, o sol está se afogando, e me deixando aqui sozinho, com medo. Medo da vida e da morte.

A vida aparece na terra com vestígios de sua criação, mas e a morte? Como ela é capaz de tirar do ser humano uma vida cheia de experiências, como é que isso pode ser possível? Para onde vamos depois? São perguntas bobas, sem resposta compreensível a um humano. E eu sei disso.
A cada segundo que passa a escuridão me cerca, estou aos poucos sendo abraçado pelas forças noturnas, desconhecidas e misteriosas. Posso ver meus pulmões ofegarem, a respiração é difícil, um pânico toma conta de minha alma, estou sozinho no meio do nada, apenas com o vento de companheiro. Não sei para onde ir, nem o que fazer, caso for. Eu tenho medo. Medo de perder o que não tenho.

Tenho medo de morrer e não aproveito minha vida, sei que é besteira fugir dos paradigmas, sei que não existe vida após a morte, sei que ninguém irá me salvar, sei que preciso me preocupar com a morte a todo instante. Preciso estar sempre preparado, em posição de ataque, ou de defesa, sem nunca relaxar. Sem nunca tentar viver, pois para morrer basta estar vivo.

Sinto alívio, este não sou eu, mas poderia ser, caso eu não tivesse a alegria da vida e da morte dentro da minha alma, caso eu sentisse medo de viver e de tentar fazer o que sempre sonhei, caso eu tivesse baixado a cabeça para os traumas e medos os quais passei. A morte é minha companheira, ela está ao meu lado, me alertando que pode me tocar a qualquer momento, então, basta – a mim – viver cada dia como se fosse o último, pois ele pode ser o último, mas isso não me deixa triste, pelo contrário, fico feliz de ainda estar aqui, vivendo a vida e seus mistérios.

Eu vivo cada minuto com a maior intensidade possível, pois ele é único e nunca mais irá voltar. O tempo não é fracionado, então viva o agora sem pensar nos medos do futuro. Viva cada segundo sob a benção da vida.

Ainda estamos aqui.

17.12.10

O REINO FEMININO - Coluna Percepções

O REINO FEMININO
André Silveira

O assunto desta semana aborda uma temática perigosa – para mim –, porém necessária em meu pensamento, onde tentarei demonstrar o que penso sobre o mundo feminino, destacando alguns importantes aspectos. De forma alguma tentarei “impor” minha opinião, até porque não para isso que escrevo todo o santo dia. Nesta coluna vamos tentar revelar aquilo que está sendo coberto pelo tempo e pela chamada “evolução” da espécie, que, na minha opinião, parece mais um retrocesso social.

Desde o inicio dos tempos, na era dos nômades, as tribos escolhiam seus líderes, para que comandassem e protegessem seu povo. Geralmente esses líderes eram os homens mais inteligentes, fortes e lutadores, com dons suficientes para derrotar qualquer inimigo. Porém, a força física do homem não era o suficiente, pois existia a necessidade de uma comunicação com a “força” que existia – e ainda existe. Não que naquela época eles soubessem o que era Deus, mas sabiam que havia alguma força que guardava o mistério da existência.

Essa comunicação dava-se por meio dos seres mais sensíveis, daqueles que são taxados como “a origem da vida”, ou seja, as mulheres. O papel das mulheres na antiguidade era fundamental, pois com sua sensibilidade aguçada, seus dons de carinho e inteligência, entravam em contato com a natureza e com toda energia que cobria o universo, estabelecendo uma porta de comunicação entre o humano e Deus.

Porém, com o tempo, os homens – vendo que as mulheres estavam com “poderes” superiores – resolveram tomar para si tal papel, e foi a partir deste ponto que as mulheres começaram a ter uma imagem diferente para muitos. A imagem da ligação feminina com Deus foi se perdendo – e isso nunca deveria ter acontecido. A mulher sendo mais fraca fisicamente sucumbiu diante do masculino que tomava todas as decisões, e o sentido de mulher-escrava foi marcado a fogo na sociedade. E o pior: Isso vive até hoje.

Temos muitos homens que desrespeitam a ligação da mulher com a vida, trancando-as em uma casa, colocando rédeas em suas vidas, tomando para si o poder de decisão. Mas pelo amor de Deus, isso é um direito inerente a todo ser humano, onde está a liberdade? E não é culpa só do homem social da atualidade, pois existem muitas mulheres – e isso vocês mulheres terão de concordar – que se rebaixam ao extremo por esta estúpida causa, fazendo este princípio imoral vigorar ainda mais, muitas vezes tornando-se “rivais” dos homens em qualquer causa, criando uma mentalidade egoísta e agressiva, que faz a forma pura da mulher se igualar aos homens cruéis e opressores.

A mulher é um ser supremo, disto não tenho dúvida. As mulheres enfrentam desafios diários e mesmo assim são incompreendidas, pois a ligação da mulher com o universo é tão forte, que a mesma complexidade universal dos mistérios encontra-se na sua vida. A mulher é um ser que é tão perfeita e complexa que nem ela mesma se compreende, e isso é uma clara demonstração de superioridade diante dos primatas masculinos, que são previsíveis como um espelho.

Claro que existem homens que são dignos desta complexidade, e têm consciência disso, assim como existem mulheres que desconhecem sua perfeição e acabam sendo como homens, cruéis com os outros e consigo mesmas. Portanto, fica claro que a palavra perfeição não vem de uma superioridade de poder, mas sim de criação, e seguindo os passos da criação e da complexidade a mulher pode desbravar não só sua mente, mas digna e conscientemente, deixando de lado a raiva por seus agressores e sendo verdadeira, buscar seu lugar no altar da humanidade, de onde nunca deveria ter sido tirada. A humanidade precisa dessa sensibilidade, ou seja, a mulher em sua mais pura forma precisa influenciar o mundo e seus povos, tendo contato com o que ela sempre teve: Deus.

9.12.10

A IMPORTANCIA DOS ESTIMULOS - Coluna Percepções

A IMPORTÂNCIA DOS ESTÍMULOS

André Silveira



Olhando para o céu e pensando na vida, respirando o fresco ar de inverno, que traz consigo as folhas secas e as memórias da infância. Pensando em como mudar a vida das pessoas, em como tornar o mundo um lugar melhor.

Tentando entender por que de tanta violência e individualismo, tentando entender onde o ser humano falha na tentativa de paz, ou quem sabe tentando racionalizar o ser humano, criando um pensamento comum entre TODOS os seres humanos.
Foi sob este panorama que eu me encontrava neste final de semana, observando o movimento do vento, para ver se com ele viria um sopro de esperança para quem ainda acredita em um final feliz. Foi quando neste momento de reflexão recebi uma ótima noticia, onde fui informado que mudei um destino, declaradamente. Explico.
Há alguns meses, numa maravilhosa tarde ensolarada, proferi uma palestra na Escola de Ensino Fundamental São Francisco de Assis, no bairro Colina. A palestra abordava o tema “Disciplina para alcançar os sonhos”, onde – nela – eu demonstrava aos meus ouvintes – alunos da 5ª e 6ª série –, usando meu próprio exemplo, como é possível alcançarmos nossos sonhos através da fé, do amor e principalmente da disciplina, para levar os sonhos sempre adiante.
Neste encontro, após expor o material, abri a oportunidade para ouvir seus anseios e sonhos, para saber como a nossa juventude está lidando com isso, e me espantei em dois aspectos. No primeiro – o inevitável -, alguns não prestaram atenção, ou simplesmente afirmaram não ter sonhos, pois claro, não foram educados para ter sonhos, apenas para seguir modelos. No segundo aspecto percebi que muitos – a grande maioria – estavam vidrados em meus “ensinamentos”, e quando abri a oportunidade de se expressarem foi a minha maior alegria. As crianças viajaram na imaginação, botando pra fora tudo o que vinha reprimido pela sociedade atual, expressando sonhos e vontades de conquistas na vida. Foi uma experiência única.
Porém, após aquele dia eu ainda tinha na cabeça os que não me “ouviram”, e isso me preocupava, pois tenho este “defeito” de querer mudar o mundo, e na minha concepção a educação é a nascente do novo mundo, é nela que o investimento deve ser pesado.
Cheguei então ao momento em que observava o céu atrás de respostas, quando recebi a notícia, como relatei antes. A professora Rosângela Aquino, vendo o impacto da palestra em muitos, resolveu dar uma tarefa para a turma, pedindo que fizessem uma auto avaliação de suas condutas na vida, e foi neste momento – ao realizarem a tarefa – que o sopro de esperança saiu de uma fresta no espaço direto para meu cérebro, pois um aluno escreveu em sua tarefa que era uma pessoa renovada, depois da palestra seus conceitos e objetivos mudaram, disse que conseguiu alcançar em seu pensamento o que foi expresso pelo palestrante.
Isso me encheu de orgulho e esperança. Depois de receber esta notícia senti que a mudança é difícil, mas não é impossível. Se cada um de nós depositarmos nossa confiança nesta mudança e colocar em prática os princípios mais básicos da vida em harmonia, com certeza conseguiremos vislumbrar um mundo melhor para todos.

Os estímulos. Vamos tratá-los com mais respeito e seriedade

1.12.10

Exercício da Velocidade - Percepções

EXERCICIO DA VELOCIDADE
André Silveira

Este ano está sendo uma loucura para todos nós, parece que está voando, que não teremos tempo de fazer nada do que queremos, temos a impressão de que a cada dia que passa, nessa nova era tecnológica e imediatista, estamos com menos tempo para viver a “nossa” vida, e isso é um problema.

São compromissos, tarefas, aulas, audiências, consultas e mais um monte infinito de atividades para apenas 24 horas de nosso dia. Isso é alarmante, nossa consciência está tendo dificuldades de acompanhar o ritmo da evolução, e valores estão sendo esquecidos.

No meu caso não é diferente, existem momentos que só quero me atirar em minha cama e dormir até a hora que eu quiser, mas isso não é possível, minha rotina não me permite esse luxo. Estou fazendo meu trabalho de conclusão de curso – Direito –, cursando uma disciplina de intensivo de inverno, mil tarefas para concluir no escritório, revisando meu novo livro, respondendo contatos de editoras e ao mesmo tempo escrevendo esta coluna semanal para meus ilustres leitores, isso não é pouco.

Confesso que às vezes me desanimo e fico chateado com essa situação imediatista que é imposta pelo cotidiano moderno, então tento refletir o máximo sobre os rumos da sociedade e da vida em geral, para saber se isso é um ápice ou um início de uma era em que não teremos tempo de viver “nossas” vidas. Não encontro conclusão.

Com isso, preciso rever meu dia-a-dia e – com calma – traçar metas e encontrar mecanismos para obstruir ao menos um pouco dessa pressão diária.
Uma das coisas foi voltar a fazer o que mais me estimula diante das dificuldades: Ler. Voltei a ter o hábito de ler aquelas obras preferidas, no meu caso, voltei a ler O diário de um Mago, de Paulo Coelho, não por ser um livro maravilhoso de se ler, mas por sempre encontrar respostas quando o leio. E isso aconteceu.

Em certo ponto do livro, Paulo expressa uma de suas experiências no Caminho de Santiago, onde percorre mais de 700 quilômetros a pé, da França até a Espanha, seguindo os conselhos e ordens de seu guia, para conseguir sua espada, concedida pela ordem católica chamada RAM.
Neste ponto que comentei acima, ele executa o exercício da velocidade, o qual, passo a palavra ao próprio Paulo Coelho explicar como é o tal exercício: “ Caminhe durante vinte minutos, na metade da velocidade que você costuma normalmente andar. Preste atenção a todos os detalhes, pessoas e paisagens que estão à sua volta.”

Sim, eu executei o exercício, e ele funciona. Além de executá-lo em um dia, ou em mais dias como ele aconselha, resolvi fazê-lo em minha vida. Apliquei o exercício da velocidade em meu cotidiano, respirando calmamente, observando tudo ao meu redor, apreciando o que é a vida, e como somos abençoados por viver. Estou mais tranqüilo.

Quem sabe não devemos fazer isso todos os dias? Repensar os momentos de raiva e pressa, lembrando que eles só servem para trazer sofrimento. Vamos apreciar a vida em nossa volta, com calma, para que a sociedade entre no ritmo de nossas necessidades psicológicas, e não o contrário.

25.11.10

REFLEXÕES SOBRE O SER (DES)HUMANO - Coluna Percepções

REFLEXÕES SOBRE O SER (DES)HUMANO


O escritor – como me disse uma vez um grande e famoso escritor – é aquele que escreve sobre suas experiências e sobre aquilo que o toca reflexivamente. Que por meio de seus escritos expõe ao mundo como sua mente receptou as informações, e como elas foram importantes para sua formação racional e espiritual.

E é isso que venho fazer aqui hoje, como escritor, escrever sobre minha recente experiência reflexiva. Neste último final de semana, em meio a muitas tarefas e redações, tentei tirar um pouco de folga do mundo, pegando um filme para assistir com minha esposa, como qualquer casal faz para abstrair-se do feroz mundo social que somos compelidos a agüentar.
O filme escolhido foi Avatar, de James Cameron, pois já havia tempo que estávamos para ver este filme, mas não tínhamos tempo. Trata-se de uma bela obra, com muitos efeitos especiais e cenas de ação, porém, o que mais chama atenção neste filme é o impacto moral dele sobre o espectador – pelo menos em mim.
Muitos não absorveriam estas mensagens por conformismo, ou apenas para não tirar a atenção dos grandes efeitos especiais do filme, mas eu não fui um desses, infelizmente, pois me senti parte da trama.
Não quero contar o filme e estragar a “sessão cinema” de ninguém, mas é preciso este desabafo sobre a mensagem intrínseca que há nele. Na história, que ocorre em um futuro não tão distante, os humanos vão a outro planeta – chamado Pandora – tentar captar seus recursos naturais valiosíssimos – já que a terra teria sido totalmente destruída pelos próprios humanos –, porém destruindo tudo o que encontram pela frente, sem se importar com nada, nem com ninguém.
O problema, é que neste planeta vive um povo nativo, que cultiva os princípios e valores de seus ancestrais, e os honra com sua convivência pacífica e fraterna – o que me fez pensar como perdemos nosso espírito fraterno de ser humano, como somos egoístas e “sujos”, e como cultivamos uma cultura podre e capitalista, enquanto que os valores morais vão se perdendo no meio disso tudo.
Esse foi o primeiro impacto, mas outro veio, e de forma mais brusca, que me deixou pensativo por muito tempo, que foi quando os humanos, visando o total lucro – como sempre – decidiram por eliminar tudo o que encontrassem pela frente para conseguir seus fúteis objetivos, atacando covardemente um povo cheio de amor e fé no coração – o que inevitavelmente me fez comparar essa cena com o mundo atual, onde somos facilmente compelidos e calados por grandes empresários, terroristas ou políticos, que manipulam vidas com suas canetas, e acabam com esperanças como quem derruba um castelo de cartas. Como somos fracos perante o dinheiro que manipula o mundo. Confesso que minha fé no ser humano enfraqueceu depois dessa reflexão.
Não fiquei decepcionado com o filme, pelo contrário, recomendo a todos, faz muito bem para o espírito humano este tipo de reflexão, mas me decepcionei com o ser humano, como um todo, pois os costumes são de nossa raça, pena que a corrupção ganha mais força do que a bondade. Mas não desistiremos, nunca.
Quando vi aquele povo sendo “trucidado” lembrei de todos nós, pessoas honradas, que de uma forma indireta também temos nossos espaços diminuídos por aqueles que visam apenas o lucro nesta vida, e foi aí que fiquei abalado, em pensar que cada vez mais a corrupção e a maldade ganham força, e estamos sucumbindo silenciosamente a isso, sem poder fazer nada, pois não temos a quem recorrer – pelo menos aqui no plano físico.
O que fica é a reflexão sobre este ser “humano”, que acaba com seu planeta, e se não bastasse ainda busca acabar com qualquer outro que encontrar, como na vida real. Esse não é um futuro distante, já presenciamos isso. Ainda temos força e tempo para mudar essa realidade? Na terra das incertezas, mais uma dúvida.

10.11.10

COLUNA PERCEPÇÕES

QUANDO NOS DAMOS CONTA DO QUE REALMENTE IMPORTA

Todos nos dizem que a vida é muito curta, e que temos pouco tempo para viver tudo o que ela nos proporciona. Mas essa preocupação com o tempo a torna mais rápida ainda, e enquanto pensamos coisas tipo “estou muito velho para isso”, ou “nunca terei tempo para fazer aquilo”, o nosso tempo vai passando, e o que era hipotético vira material, ou seja, perdemos nosso tempo pensando em como não perder nosso tempo, ou que vamos perder nosso tempo se não pensarmos em aproveitar nosso tempo.

Neste momento estou rindo, pois também me confundi nesta frase acima, é noite, estou cansado e estou escrevendo compulsivamente em um momento de inspiração, em que iluminadamente comecei a raciocinar sobre o tempo das pessoas, sobre como nossa sociedade é complexa e paradoxal, ela se preocupa com o fato de a vida ser curta estando rodeada de um meio social que exige sacrificar o melhor da vida para ter o básico, o que deveria vir a nós naturalmente. Perdemos nosso tempo com a preocupação de ter mais tempo no futuro, quando estivermos velhos e sem disposição, acostumados a sacrificar a vida em função de objetivos quaisquer.

O futuro é importante, ou melhor, é fundamental na vida de todos, é necessário um planejamento para que nossos objetivos de vida sejam alcançados, porém não podemos esquecer que o presente é o futuro do passado, e o que vivemos neste momento nunca mais voltará, nem se repetirá, é um momento único.

Então que tal tornarmos nossos momentos únicos, cada momento, como se fosse aquele que planejamos tanto. Você, agora lendo esta coluna, sinta seu coração falar, e siga-o, faça o que quiser fazer, liberte-se das garras do pensamento fixo e planejado de sempre, apenas por um momento viva o momento presente, antes de voltar ao que é inevitável para nossa sociedade atual, o momento de pensar no futuro.

Eu, continuarei aqui, fazendo o que amo fazer. Escrevendo mesmo estando com os olhos cansados e calejados de um dia de trabalho, mas vivendo – ao menos neste instante único – o meu momento, minha oportunidade de transformar o meu presente no que eu quero, podendo passar aos leitores a mensagem que me fez refletir.

Vamos nos dar conta do que realmente importa, neste momento. O planejamento vem após o instinto humano, um bem muito precioso e iluminado, que nos faz fugir da rotina, nos fazendo quebrar os paradigmas de pensamento exclusivamente futuro.

Vamos nos abrir para as surpresas da vida?

Um bom dia!

26.10.10

Coluna Percepções - Realização dos sonhos

REALIZAÇÃO DOS SONHOS

André Silveira



Todos nós sonhamos com o dia em que triunfaremos nesta existência. Com o dia em que seremos aplaudidos, e que seremos reconhecidos por nosso esforço e trabalho. Ah, esse dia vai chegar!!!

Para que este dia chegue não basta querer, é preciso realizar, e para isto, são necessárias combinações de diversos elementos, como a fé, por exemplo, com nossa capacidade de pensar, ou com a combinação de nossos valores morais com nosso poder de adaptação, enfim, é preciso transformar o mundo abstrato em mundo real.

Ao primeiro olhar parece algo dificílimo, mas isso é falta de raciocínio lógico, ora, senão vejamos: Quem quer algo, faz algo para tê-lo, ora, quem persiste, consegue. E quem quer algo, mas vê as dificuldades de tê-lo e desiste? Não consegue.

Parece simples, mas não é. Nosso pensamento humano não está acostumado a derrotas ou a dificuldades, por mais que passamos por elas na vida, ainda sim nunca estamos preparados para outras. O exemplo disso é a morte, a forma como a encaramos, pois sabemos que faz parte de um ciclo físico e religioso, porém sempre contestamos o divino por sua lei.

O medo de cair nos tira as chances do sucesso, e aqueles que não tem medo do medo, sai calejado da batalha, porém, vitorioso. Pergunte a qualquer pessoa que correu atrás de seu sonho e conseguiu, se ela não caiu diversas vezes até alcançar o ápice. Com certeza ela responderá que sim, pois nossos sonhos não são bênçãos – a vida e o pensamento são bênçãos -, mas sim são resultado de bênçãos, sendo realizações de nosso pensamento, que bravamente venceu o medo para os alcançar, batalhando contra uma série de fatores, combinando valores originalmente humanos.

Portanto, nossos sonhos dependem de nós mesmos, e para alcança-los é preciso cair e se machucar, mas é necessário se reerguer e continuar a batalha, usando das bênçãos que nos foram concedidas, combinadas com os resultados delas, ou seja, nosso poder de materialização do pensamento, ou simplesmente, a busca pelos sonhos.

E é nesta edição tão especial que venho parabenisar os fundadores deste jornal, que acreditaram em seus sonhos, e com certeza passaram por muitas dificuldades, mas fazendo jus a suas bênçãos, usaram suas capacidades de materialização do pensamento para ir em busca de seus sonhos, e alcançaram o considerado inalcançável, que agora é uma realidade.

Faça a sua realidade.

21.10.10

Mudança

Bom dia,

O blog está com novo layout a partir de hoje graças ao google que esculhambou o meu outro!!

Mas até que uma mudança faz bem ao ares!!!

Ah, esta semana posto as fotos dos ganhadores dos livros retirando seus prêmios!!!

Um bom dia à todos, e lembrem-se: Aproveite a vida, ela é única!!! Viva o dia que nunca se repetirá!!!



Foto: ogloriosovascao.net

11.10.10

RESULTADO DO SORTEIO

E o resultado saiu!!!!!!!!!!!




Infelizmente não consegui postar o vídeo por problemas de técnica de filmagem, causados por mim mesmo, mas quem me segue deve confiar em mim!!!..hehe!!...



Os vencedores são....


Para a Biografia de Saramago: MIRIAM SILVEIRA

Para O Negociador: ADEMIR HAMESTER


Parabéns aos sortudos, e que a leitura os ajude a cada vez mais compreender o mundo em que vivemos, experimentando experiências alheias!!


Me mandem email....para combinarmos a entrega!!

E quem não ganhou: NÃO DESANIME, o blog oferece muito mais do que livros: Conhecimento!!



Obrigado pelo apoio de sempre!

Um grande abraço à todos!!

Resultado hoje à noite

Por questões técnicas o resultado será divulgado hoje até a meia noite!!

Peço desculpas, mas um suspense até que faz bem!!...hehe


Grande abraço....

6.10.10

Definidos os livros do grande sorteio!!!



Buenas meus amigos....




Venho por meio deste informar os livros que serão sorteados no dia 10/10/10 para comemorar o 2º ano deste blog!!!!...
O primeiro será a Biografia de Saramago, de João Marques Lopes, onde conta a históra de um dos mais importantes escritores que já tivemos, com certeza sua vida é um exemplo!!

O outro é um livro excepcional, do mestre do suspense jurídico, O Negociador, de John Grisham!! Quem não gosta de suspense e de Direito com certeza gostará depois deste livro que mescla tão bem as duas áreas!!!




Espero que tenham gostado, são livros de alta qualidade!!!
E não esqueçam, dia 10 de Outubro temos um encontro marcado para o sorteio!!!...
Boa sorte!!
LEMBRANDO: PARA PARTICIPAR É NECESSÁRIO "SEGUIR" O BLOG NO CAMPO AO LADO!!! E FICAR ATENTO AO RESULTADO NO DIA, POIS PASSAREI MEU EMAIL PARA CONTATO DOS VENCEDORES!!
Enviarei os livros para suas residências!!
Grande abraço.

27.9.10

Recorde de acessos e Sorteio dia 10/10

Buenas meus amigos leitores, é com muita honra que venho postar esta mensagem à todos vocês, neste dia tão especial, em que o Blog Transcendência Jurídica completa a incrível marca de 30 mil acessos.
Pode não parecer muito comparado com blogs conhecidos, mas para mim isso é um espanto, pois no início apenas queria fazer deste blog um lugar onde eu conseguisse expressar minhas idéias, e se alguém viesse a ler seria consequência. Estou orgulhoso e realizado. É mais uma conquista para minha galeria.
E como muitos sabem, ou se não sabem saberão agora, o nosso blog está completando 2 anos no próximo dia 10 de outubro, e como fiz no ano passado haverá sorteio de livros entre os seguidores. Então se ainda não é seguidor: CORRRAAAA!!! O dia 10 está próximo!!! Basta se cadastrar no espaço ao lado da postagem, onde aparecem as fotos dos outros seguidores.
Os livros sorteados provavelmente serão da coleção de JOHN GRISHAM, PAULO COELHO, e livros de Direito, incluíndo-se aí desde Doutrina até Manuais. Estou aberto à sugestões.
Agradeço a atenção e o carinho.
Vamo mudar o mundo? Podemos começar pela nossa cabeça.
Um grande beijo em seus corações.
André Silveira

24.9.10

A dor de cabeça da FICHA LIMPA

Não aguento mais essa história da tal LEI DA FICHA LIMPA, uma coisa básica, que mexe com os direitos fundamentais do cidadão não deveria ser discutida tão perto das eleições, isso deveria ter sido discutido há muito tempo. E o que temos agora? Um emaranhado de questões meramente formais atrapalhando a imposição desta lei para estas eleições.
Era previsível.
E mais previsível ainda era o voto do Ministro Toffoli...sem comentários....é o legítimo voto formal (se importando apenas com a forma), que deixa de lado as questões éticas e principiológicas que envolvem a matéria.
Para quem não acompanhou, o voto do ministro supra referido foi um dos 5 desfavoráveis à aplicação da lei nestas eleições, levantando diversos argumentos meramente formais, utilizando-se de exemplos absurdos para fundamentar a fraca tese de soberania da Constiuição. Mas a Constituição mesmo já diz que os princípios regem o Direito.
Aí eu pergunto, o que deve prevalecer, uma pífia correção de erros formais encontrados na lei, ou a relevância ética e principiológica que esta matéria envolve, deixando candidatos ficha suja longe do pólo eleitoral???
Me parece óbvio.
Antes de citar a nossa querida e respeitada Carta Magna vamos lê-la e interpreta-la, como um verdadeiro hermenêuta deve fazer.
Já dizia um grande lema dos juristas: "Sempre defenderá o Direito e a Justiça, mas se ambos se confrontarem, defenderás a Justiça"

22.9.10

POR QUE LER KANT?

COLUNA PERCEPÇÕES - André Silveira
POR QUE LER KANT?

Immanuel Kant, um gênio de nossa espécie, simplesmente um dos mais brilhantes pensadores que a humanidade já viu, porém, seus pensamentos e teorias são complexos demais para entendimento de nossa sociedade atual, que se preocupa primeiramente com outras coisas do cotidiano.
Não era apenas um pensador, mas sim um visionário, que usou seu pensamento para chegar onde poucos seres humanos conseguiram chegar até hoje, sempre ressaltando que todos nós somos iguais, com a mesma capacidade de entender os fenômenos que acontecem a nossa volta.
Mas e o titulo desta coluna, “Por que ler Kant?”. Onde quero chegar com isso?
Bom, comecei a aprofundar minhas pesquisas no ramo do pensamento a partir do momento em que me vi diante de indagações quase sem nexo algum, questionando o “inquestionável”, então, com isso impregnado em minha mente, resolvi procurar por pensadores com os mesmos pensamentos que os meus.
Foi neste momento que – após grandes dificuldades – encontrei Immanuel Kant, questionando – em sua crítica – os fundamentos do pensamento humano, a partir da tentativa de explicar os limites do mesmo. E esta ideologia com certeza chamou minha atenção.
Com isso, tentei entender as palavras deste grande gênio, encaixando-as às minhas, e percebendo que ele estava certo, o ser humano pode sim ter a capacidade de explorar seu lado metafísico consciente, através da analise critica reflexiva, para tentar entender um pouco mais sobre nossas verdades e mitos.
Sei que parece complicado, e de fato é, mas trata-se de um pensamento necessário para a evolução da mente humana, que parece estar caminhando cada vez mais para o lado contrário. Não quero que saiam por aí lendo Kant, até porque é uma leitura pesada e de complexidade altíssima.
Mas eu vos desafio, a pensar metafisicamente, sim, isso é possível, basta respirar, olhar para uma linda paisagem, e se questionar sobre as coisas da vida, sobre os mistérios da humanidade, sobre nossa capacidade de raciocinar. Tente sair de seu corpo – com o pensamento –, isso é metafísica.
Tente ter o poder de consciência fora do meio social, tente ser um humano em sua essência. Podemos não encontrar todas as respostas da vida, mas o mundo gira em torno das perguntas, e com elas encontraremos muito mais do que as respostas, mas o mistério da vida, ou seja, temos o poder dentro de nós mesmos, basta encontra-lo. E isso é para poucos.

Sejamos estes.

10.9.10

VALORIZANDO NOSSOS MESTRES

Texto publicado na coluna "Percepções" do Jornal Folha Guaibense, de autoria minha (André Silveira).
VALORIZANDO NOSSOS MESTRES

Um assunto sempre muito debatido é a valorização de nossos mestres, nossos professores, aqueles que servem de base para a humanidade. Sim, eles são a base da humanidade, pois são eles que ensinam nossa nova geração a guiar seu caminho pelo lado do bem.

Mas este profissional tão importante está sendo valorizado? Com certeza não, pelo contrário, cada vez mais o professor está sendo humilhado perante a sociedade, muitas vezes sendo tratado como vilão da história. O que não é correto dizer.

Em nosso meio social temos diversas áreas muito importantes para o desenvolvimento da humanidade, mas nenhuma é tão importante quanto a área educacional, sendo ela a responsável pelo futuro de nossa existência. O professor é aquele profissional que além de ensinar o que está escrito nos livros, deve ser aquele que serve como “guia” do pensamento do educando, ou seja, como um profissional tão desvalorizado e humilhado terá forças para expor pensamentos complexos e profundos, porém necessários, se nem ele consegue raciocinar tais pensamentos? Não que seja falta de capacidade, mas sim falta de estímulos. Pois, é frustrante traçar uma carreira tão importante e fundamental na vida de todos, e simplesmente ser apenas mais um profissional qualquer na folha de pagamento dos governantes.

Pense, se nossos professores atualmente já fazem diversos milagres diários para manter a dignidade educacional de nosso povo, imagine o que ele não faria se fosse estimulado, e tivesse a certeza de que seu trabalho seria reconhecido para sempre.

Portanto, é de extrema importância que nossos educadores sejam mais valorizados, caso contrário nossa geração futura irá sucumbir diante dos pensamentos inúteis e desorganizados que são impostos por modelos prontos de “educação”, que por sua vez são impostos por governantes que só pensam no resultado imediato, e não na sociedade á longo prazo.

Está mais do que na hora de colocarmos nossos valores na balança. O que vale mais a pena? Reflita.

26.8.10

Novidades!!!


Buenas meus amigos....


Alguns devem saber que escrevo para o Jornal Folha Guaibense uma coluna semanal chamada "Percepções".


A partir de setembro além de publicar os textos no jornal irei publicá-los também no blog http://andresilveiraescritor.blogspot.com/


Com certeza vocês irão gostar!!! Vamos tratar de assuntos do pensamento humano e reflexivo, porém fugindo dos paradigmas!!!....Tratam-se de textos que são sinceros e puros...refletindo os sentimentos da alma!!


Aguardo a visita de vocês!!!
E lembrando que o livro OS SONHOS PODEM VIRAR REALIDADE está disponível à venda no link abaixo:

http://www.clubedeautores.com.br/book/10490--OS_SONHOS_PODEM_VIRAR_REALIDADE_

Um dos livros mais vendidos do portal...pode ser seu!!....


Ah...e lembrando...em Outubro o Blog faz aniversário...e quem ganha o presente é você!!....Seguidores concorrem a livros....

Um grande abraço!!

Que Deus os acompanhe!!!

10.8.10

Leis - piada

Hoje em dia estamos em uma era de leis-piadas, pois são o que são, piadas.
Os legisladores cada vez menos capacitados jogam em nossa sociedade leis que não tem o mínimo sentido, pois sabemos que não haverá uma fiscalização adequada. E de fato não há.
Um exemplo disso é a lei da palmada, que convenhamos, veio para contentar alguém em específico, ou será que o Código Penal não basta? Mas eu me pergunto, quem vai fiscalizar esses atos? Se até o policial tenta educar seus filhos com este método milenar? Não haverá.
Outra punição pífia é a da pirataria. Ontem eu caminhava pela rua, tranquilamente, quando vi aqueles milhares de cd's e dvd's espalhados pelo chão da calçada, no primeiro momento pensei no crime que aquilo significava, mas após lembrei das aulas de direito autoral, onde a pirataria não é tão condenada até pelos próprios artistas, pois a pirataria divulga a baixo custo e em grande escala. Fiquei observando o vendedor, que dali tirava sua sobrevivência, era um trabalho "criminoso", mas a necessidade era tanta que ele corria o risco de perder o pouco que tinha, para poder alimentar sua família.
Não o condenei, bem como, também não condenaram os policiais que passavam por ali e ainda davam uma olhadinha nos produtos ilícitos, sem abordar o "meliante". Eles têm a noção da necessidade que a sociedade passa, e não adianta punir os pequenos vendedores do ilícito, o que deve ser feito é abordar os grandes criminosos, mas estes, muitas vezes, são os que financiam o ganha pão de muitos agentes do "bem". Infelizmente.
Essas leis são feitas para punir os "pequenos", e enquanto for assim apenas vamos estancar o sangue criminoso, enquanto que a ferida continuará aberta, nos grandes mafiosos de nossa sociedade.

Vamos começar a punir os verdadeiros criminosos?

3.8.10

Leitura



Uma das leituras atuais!!

Recomendo.

21.7.10

A SEDE DE VINGANÇA

A SEDE DE VINGANÇA
André Silveira

A sociedade brasileira é humilde, batalhadora, simples, porém, vingativa, pois desconhece a legislação penal e o verdadeiro sentido de Justiça. Ao dizer isso não defendo assassinos, nem meliantes, pelo contrário, digo para reforçar o direito de investigação, pois assim como presos são punidos, temos inocentes sendo enjaulados juntamente com estes.

Inevitavelmente, e infelizmente, todos nós acompanhamos nestes últimos dias o caso envolvendo o suposto assassinato de Eliza Samudio. Não existe pessoa que não esteja por dentro desse caso, já que a mídia não para de veicular dados e relatos, sempre com exclusividade. Mas mesmo assim, não estávamos lá, não vimos o momento do suposto crime, apenas sabemos o que nos é contado. Então eu pergunto: É correto condenar com base em relatos?

Apesar de o caso ainda estar em trâmite, sem provas, sem testemunhas, sem corpo, sabemos que os envolvidos já estão condenados, assim como o casal Nardoni há pouco tempo, que foram condenados por júri popular sem ser provado no processo o homicídio. A mídia condenou.

Na minha opinião, eles – os Nardoni – eram culpados mesmo, é improvável a versão contrária (inocência), mas me pergunto: E se eles não cometeram o crime? Se não conseguiram provar sua inocência diante da esmagadora opinião pública querendo encontrar um culpado para o fato? Colocamos inocentes na cadeia.

E se acontecesse conosco, imagine a situação, você em seu apartamento, com seus filhos dormindo em seus quartos, de repente você vai recolher o jornal na porta, se distrai conversando com um vizinho há alguns metros de seu apartamento, e entra um psicopata, atira seu filho pela janela e sai sem ser visto por ninguém. No processo você não consegue provar sua inocência, sendo induzido a erros. Julgamento: VOCÊ É O ASSASSINO, sem dúvida pegaria no mínimo uns 20 anos de prisão, sendo chamado de assassino por toda população brasileira e ainda com a dor de perder seu filho.

Essa demonstração é trágica, mas faz-se necessária, para demonstrar que é falho nosso sistema penal, que deixa a mídia conduzir os casos de mais impacto, levando ao “grande público” notícias tendenciosas à condenação dos acusados. E não só o sistema penal que é falho neste aspecto, mas a ideologia do nosso povo é assim, quanto mais rápido encontrar um culpado, mais rápido será feita justiça, mesmo que para isso a investigação não aconteça e que o crime não seja provado. Alguém deve pagar.

Pois bem, já sabemos que há acusados, sendo um deles o ex-goleiro do Flamengo, Bruno, e sabemos também que ele já está condenado pela opinião pública, pois existe alguma vez que a mídia pelo menos ventilou sua possível inocência? Com certeza não. O que dá audiência não é a absolvição, é a condenação. O povo quer isso, quer descarregar as infelicidades da vida numa falsa vingança social diante de assassinos, ou supostos assassinos.

Neste caso, e em muitos outros, não importa ao povo guiado pela mídia se temos um inquérito a ser feito, investigações a serem realizadas. O que importa é ver o acusado no fundo das grades, penando, morrendo aos poucos, sentindo na pele o sofrimento de sua “suposta” vítima.

O que fica é a mensagem, de que a sede de vingança não pode ser maior do que a certeza do cometimento do crime, caso contrário estaremos fadados a prisão a cada momento que respiramos. Ao invés de clamarmos pela condenação dos acusados, podemos torcer por uma investigação conclusiva, que absolva o inocente, ou condene o culpado, para que possamos dormir com a cabeça tranqüila, com a certeza da verdadeira justiça.

20.7.10

Estudando o Direito: Direito Contratual na Contemporaneidade Jurídica Brasileira

Direito Contratual na Contemporaneidade Jurídica Brasileira




Corpo docente recheado de gigantes do Direito Civil!!!

Mais informações é só entrar no Site da Unisinos - Educação Continuada!!! Vale a pena!!

Coordenação: Marcos Jorge Catalan

19.7.10

Caso Bruno e outros...

Não se fala outra coisa na mídia nacional que não seja o tal do Caso Bruno. Como sempre, achamos algo para liberar nossa frustração do dia-a-dia, acusando como assassino um ser que nem conhecemos direito, não temos seu histórico, nem sabemos como pensa. Mas sabemos o que a mídia nos traz, apenas indícios.
As vezes me pego pensando em como nosso cotidiano está - há tempos - fadado a isso, a tentar condenar pessoas por seus atos, talvez seja por isso que todos reclamem dos dias de hoje, na mídia só dá isso! Quando saímos de um evento inútil para o povo, que é a copa do mundo de futebol, caímos em tragédias e assassinatos que envolvem meses de notícias.
Isso cansa.

14.7.10

Reflexão

"Tem dias que acredito na mudança, outros que estou convencido de que o mundo real é o social, e que nada mudará apenas com minha mente. Porém, ainda sim sou um sonhador, que aperta os dedos contra a cabeça e tenta achar uma solução de nos tirar dessa ilusão chamada Vida"

Um bom dia....

1.7.10

Dúvidas de escritor!

Vida de escritor é complicada, ainda mais quando existem outras tarefas além da escrita, e delas nos exigem muito. É meu caso. Porém, não é disso que venho falar.


Ultimamente eu estava escrevendo um livro (meu 3º) sobre um tema muito debatido e muito massante, o que estava me exigindo demais, inclusive de minha "psique", e isso estava me trazendo problemas, não no físico, mas no psiquico da minha vida.


Portanto, abandonei o projeto e engatei uma outra idéia, mais próxima da minha realidade, e fiquei espantado, pois esperava mais dificuldades, no entanto estou bem adiantado em relação ao outro, que estava me corroendo vários dias e muitas horas de pura reflexão. Mas, este novo, está saindo da minha alma, e isso é essencial na vida do escritor, escrever com a alma.


Bom, como estou começando meu trabalho de conclusão do curso de Direito espero terminar este livro em 2011, e publicá-lo em seguida, mas como sabemos que é dificil uma editora apostar em autores que não sejam renomados nacionalmente, isso pode demorar um pouco mais.


Mas tudo caminha bem, e estou muito feliz. Confesso que hoje, especialmente, tive pensamentos negativos, dúvidando de minha própria capacidade, colocando em dúvida meu futuro como escritor, mas casualmente li um texto que eu mesmo escrevi e que foi comentado por ninguém menos que Paulo Coelho, que trazia em suas (minhas) palavras a mensagem da persistência e da esperança, que tive, e que devo sempre ter.


Um grande abraço e obrigado por ler esse desabafo e relato de coração.

30.6.10

Um dia especial



Que Manakel vos ilumine!!

Ótimo dia!

25.6.10

Lembre-se, ser votante




Lembre na hora de votar....de imagens lindas como esta!....

Essa é a nossa política, e continuará sendo se nada mudar!!

18.6.10

Saramago, o ícone!

José Saramago, mais um ícone da literatura corajosa nos deixa!

Com certeza onde estiver encontrará suas resposta!!




15.6.10

ATÉ QUANDO?

ATÉ QUANDO?
Até quando teremos que suportar uma sociedade individualista, que cultiva as sementes do crime e da injustiça?
Nossa sociedade está saturada de pensamentos e ideologias simplistas e egoístas, que a cada dia que passa destrói um pedaço do "ser humano", transformando-o em um ser estranho, que mata por patrimônio e por bobagens. Como é possível suportar isso?
Não podemos mais ter liberdade, pois para sobreviver nos dias de hoje temos que ficar atrás das grades de nossas casas, como se fossemos bandidos, pagando o preço de uma sociedade em declínio, que prende os bons, e liberta, realmente, os ruins.
Nesta semana perdi um de meus mestres de Direito, o Professor Ivan Luiz Guardatti Vieira, vítima da brutalidade de seres despresíveis, sem coração e sem moral, que como se a vida fosse um objeto para ser tirado de alguém, cometeram um crime na busca de patrimônio alheio. É o cúmulo.
Já é a segunda noite que durmo mal por causa desta barbárie, pois lembro-me do Mestre Ivan, sempre alegre e contando suas histórias, confesso que não tinhamos uma grande aproximação, mas eramos colegas de faculdade, nos cumprimentávamos sempre, e agora fica a lembrança apenas. Infelizmente temos muita gente ruim em nosso meio, e não adianta apelarmos, pois existe uma rede de maldade tão grande que é capaz de virarmos os vilões dessa história, sujando a imagem de nossa moral e honra. Enquanto que seres inúteis e idiotas como estes assassinos andam soltos por aí cometendo mais e mais crimes, tudo pelo "maldito" patrimônio.
Sinceramente, não posso dizer que a Justiça será feita, pois conheço nosso sistema criminal, e mesmo com a pior condenação para estes seres, ainda haverá compaixão, pois este tipo de gente já vive na corja da sociedade, e um castigo a mais ou um a menos não fará diferença. A verdadeira Justiça espero que ocorra na mente destes sujeitos, se eles a tiverem.
Portanto, aqui fica um apelo e um desabafo de revolta, pois continuamos perdendo gente de bem nas mãos de criminosos, que mesmo sendo humanos como nós, parecem monstros sem coração. Será possível perdoar este tipo de gente? Sinceramente não sei, pois os valores morais estão perdendo espaço para intrigas sociais, e a cada dia que passa mais gente de bem morre por seguir a linha, nas mãos de pessoas sem moral alguma.
Até quando vamos suportar isso?
Como disse o Prof. Ricardo Martins em nossa homenagem ao Mestre Ivan: "Houve uma contradição neste caso, pois o Mestre Ivan sempre defendeu a liberdade do réu, e acabou perdendo sua vida nas mãos deste".
Lamentável e desesperador.
Sem mais palavras, apenas tentarei dormir em paz, se isso for possível.

14.6.10

Boa semana!



PS: Vá em paz Prof. Ivan Vieira...com certeza o seu lugar está guardado por aquele que faz a verdadeira Justiça!!!

10.6.10

A importância da pesquisa

A pesquisa científica é um dos elementos que mais nos agregam valores, pois a análise de questões controvertidas à luz de um pensamento sem pré-conceitos traz uma compreensão única do assunto, formando um poder de captação que a sociedade hoje em dia está banindo do entendimento comum.
Pesquise!

9.6.10

O que é hermenêutica?

O que é hermenêutica?

A hermenêutica é a teoria ou a arte da interpretação. Ela surge, enquanto filosofia, como desenvolvimento das hermenêuticas jurídica, bíblica e literária e tem seu apogeu na metade do século XX. Apregoa, em breves linhas, que a verdade é fruto de uma interpretação. Se, antes, era uma teoria que ensinava através de metodologias como interpretar textos, agora, como filosofia, a hermenêutica significa um posicionamento diante do problema do ser e da compreensão que dele possamos ter.
Existe uma extensão no âmbito da hermenêutica que vai da interpretação de textos até a compreensão do ser em geral, ou seja, compreensão do mundo humano. Do texto ao ser; da metodologia à ontologia. A hermenêutica como ontologia caracteriza o ser com a lingüisticidade e com a temporalidade.
Para a hermenêutica a linguagem adquire um papel fundamental, especialmente após a chamada reviravolta lingüística (linguistic turn) ocorrida no século XX. No entanto, diferentemente de uma análise lógica e gramatical da linguagem ou de uma análise lingüística, enquanto ciência geral dos signos, a hermenêutica tenta compreender o acontecer da linguagem na sua unidade e genuinidade.
Quando falamos do ser, das coisas, de nós mesmos, estamos sujeitos aos efeitos da história e à tradição lotada de palavras, narrações, mitos, textos, enfim, que substanciam nossa visão da realidade e que, no conjunto, constituem o ser. Assim, existe algo antes de nós que nos domina. Pensamos em nós, pensamos o que outros pensam de nós e também pensamos nos projetos futuros. Ser é linguagem e é tempo. Ser é evento, é princípio. Ele se dá, acontece e manifesta-se lingüisticamente. É um apelo dirigido ao homem e ao qual ele (cor)responde. Não existiria ser sem o homem; da mesma forma que não existiria o homem ser o ser.
Qual a relação do homem com esse ser que acontece como linguagem e no tempo? Essa relação acontece através da pré-compreensão: o processo de desenvolvimento da interpretação.
Se o homem está jogado no fluxo da linguagem, ou seja, no conjunto lingüístico-temporal da tradição, e se o ser é aquilo no qual estamos desde sempre jogados, isso significa que não existe a neutralidade e que jamais encontramos as coisas diretamente. Sempre teremos a intermediação e os condicionamentos lingüístico-culturais. Assim, a pré-compreensão antecipa nosso conhecimento da realidade. E o ser nos ajuda nesse conhecimento já que nos predispõe à realidade. Se o homem se coloca o problema do ser é porque já dispõe de uma compreensão vaga e mediana do ser – essa é a pré-compreensão. A pergunta acerca do ser só é possível porque já temos uma certa direção ou indicação.
O círculo hermenêutico, que também caracteriza a compreensão, significa o constante mover-se do já compreendido ao compreendido; da pré-compreensão à compreensão. Interpretar significa entrar constantemente nesse círculo e encará-lo não como um limite negativo ao conhecimento, mas como sua condição.
O círculo hermenêutico é uma das muitas “provocações” da hermenêutica ao conhecimento científico tradicional, o qual não aceita essa circularidade simplesmente para evitar problemas lógicos. O círculo hermenêutico fica ainda mais claro quando consideramos que somente dentro de uma totalidade de sentido previamente projetada algo singular aparece como algo. A interpretação como resultado da compreensão circular pressupõe, como condição de possibilidade, o círculo hermenêutico.
A interpretação enquanto resultado da pré-compreensão também é linguagem e também é tempo, já que acontece no tempo e depende do que lhe é oferecido pelo tempo. A interpretação é dirigida ao ser. No entanto, é impossível conhecê-lo de modo exaustivo, total e definitivo. Toda interpretação, justamente por ligar-se à linguagem e ao tempo, será histórica, relativa e transitória. Isso é o que chamam na filosofia contemporânea de consciência histórica. O homem sempre está implicado no ser ao qual dirige sua interpretação. Essa interpretação visa sua situação hermenêutica sempre incompleta, histórica e nunca autotransparente, como se fosse uma verdade clara e distinta, necessária e universal!
A interpretação pressupõe uma alteridade, uma diferença. Sempre estará presente algo que nos é estranho e distante. A interpretação visa justamente diminuir essa estranheza e essa distância, a qual pode ser histórica, cultural ou psicológica. Todo um conteúdo ético ingressa na hermenêutica a partir dessa consideração anterior, ou seja, a da tolerância, do diálogo, do ouvir e interpretar aquilo que é distante e estranho.
Enfim, a interpretação tem duas características que nunca poderão ser afastadas: a pertença e participação daquele que interpreta e a distância, alteridade e diferença daquilo que se interpreta. Desse modo, a irredutibilidade da existência que interpreta aos objetos do mundo natural, bem como sua singularidade de ente privilegiado que se coloca o problema do ser levam toda a problemática da hermenêutica a um deslocamento, qual seja, o deslocamento do âmbito psicológico-existencial (Kierkegaard e existencialismo) e do âmbito epistemológico (Dilthey e historicismo) ao âmbito da ontologia existencial, ao âmbito do ser considerado como linguagem e como tempo. A ontologia existencial vê o homem e as coisas imersos no ser e por ele constituídos. Cada evento será, portanto, uma individualidade irredutível e não integrável em esquemas especulativos e filosóficos.
O ser lingüístico e temporal é a alteridade e a diferença; a compreensão relativa e transitória liga-se ao ser através da pertença, da pré-compreensão e do círculo hermenêutica; e o resultado disso é a verdade como fruto de uma interpretação. Sendo a interpretação incompleta e sempre irredutível, foi lançada à hermenêutica a acusação e o estigma de um paradigma relativista. No entanto, geralmente quem a acusa de relativista ainda está submerso numa tradição que trabalha com dualismos e que pressupõe, contra o relativo, algo constante, uma essência duradoura, algo universal, etc.
Mesmo enfrentando essa acusação, a hermenêutica ainda visa restituir a dignidade e a profundidade ao trabalho do pensamento, da filosofia. No entanto, essa tarefa é perigosa num contexto de “fim” e de destruição da filosofia. Se a hermenêutica fosse relativista, ela não se importaria ainda com as tarefas impostas à filosofia em tal contexto. Então, como dar dignidade à filosofia num contexto historicista, pluralista e perspectivista da verdade, principalmente depois da dissolução do hegelianismo? É possível um pluralismo não relativista da verdade?
A hermenêutica atual, seja teológica, histórica, das ciências do espírito ou relacionada com a problemática fundamental da própria filosofia, deve ser analisada a partir do contexto de problemas de toda a filosofia moderna. As questões da filosofia moderna, quando lançadas no quadro de referência da hermenêutica, são ampliadas e aprofundadas. Por isso que alguns autores inseridos na tradição da hermenêutica defendem uma posição “pós-moderna”.
Uma das questões da filosofia moderna, talvez a principal delas, é a teoria do conhecimento, epistemologia, gnoseologia e sua relação com o problema da autofundamentação do conhecimento filosófico. Quando lançada no quadro da hermenêutica, a tradição filosófica do racionalismo, do empirismo e do idealismo adquire uma outra formatação. Depois da “destruição” dessa tradição, no sentido positivo dado por Martin Heidegger, ou depois da “desconstrução”, no sentido de Derrida de ressaltar os dualismos paradoxais da modernidade, essa tradição adquire um novo sentido revolucionário para o âmbito do conhecimento.
Seja como for, a interpretação torna-se a porta de entrada para novas possibilidades de pensamento e da própria filosofia, muito além do idealismo e além do objetivismo científico (positivismo). Assim, a hermenêutica trata do problema da verdade e das novas formas, contornos e tarefas da própria filosofia.
Os autores principais da hermenêutica são: Scheleiermacher, Dilthey, Martin Heidegger, Hans-Georg Gadamer, Pareyson, Paul Ricoeur, Jacques Derrida, Gianni Vattimo, Bultmann, Barth, Fuchs, Ebelling, Hanna Arendt, Jonas, Löwith, O. Marquard, R. Bubner, dentre vários outros.
Por Fabrício Carlos Zanin
Fonte: Instituto de Hermenêutica Jurídica

8.6.10

Fim do nepotismo federal?

Fim do nepotismo federal???


A edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira (7/6) traz o decreto que proíbe o nepotismo nos órgãos e entidades da administração pública federal de forma direta ou indireta. A medida vale para familiares do presidente da República, do vice-presidente, dos ministros, de autoridades administrativas e de ocupantes de função de confiança de direção, chefia ou assessoramento.

A partir de agora fica proibida a contratação, nomeação ou designação de companheiro, cônjuge ou parente, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau, para cargo em comissão ou função de confiança, atendimento a necessidade temporária de excepcional interesse público e estágio.

O decreto proíbe também o nepotismo cruzado, ao vedar as nomeações ou designações recíprocas envolvendo órgãos ou entidades da administração pública federal, quando caracterizarem ajustes para burlar as restrições ao nepotismo. No caso de familiares do Presidente e Vice-Presidente da República, a vedação abrange todo o Poder Executivo Federal.
É vedada a contratação direta, sem licitação, de empresas por órgão ou entidade da administração pública federal na qual haja administrador, ou sócio com poder de direção, que seja familiar de detentor de cargo em comissão ou função de confiança que atue na área responsável pela demanda ou contratação.

Fica sob responsabilidade da Controladoria-Geral da União notificar os casos de nepotismo de que tiver conhecimento às autoridades competentes, sem prejuízo da responsabilidade permanente de cada uma delas de zelar pelo cumprimento do decreto. O funcionário em situação de nepotismo deve ser exonerado ou dispensado do cargo.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Controladoria-Geral da União.
Fonte: Consultor Jurídico - Mayara Barreto

7.6.10

Empresa condenada a pagar R$ 30 mil por assédio moral

Empresa condenada a pagar R$ 30 mil por assédio moral

Quando o empregador age de forma agressiva, desrespeitosa e discriminatória com o empregado, causando-lhe humilhação e constrangimento, dor íntima e baixa estima, ferindo a sua honra e dignidade, configura-se o assédio moral.
Foi esse o motivo que levou a Manoel Bernardes Indústria e Comércio Ltda., empresa mineira do setor de indústria e comércio a ser condenada ao pagamento de R$ 30 mil por dano moral por assédio moral a um empregado que se sentiu ofendido com as agressões sofridas no trabalho.
A empresa considerou excessivo o valor da condenação imposto pelo TRT da 3ª Região (MG) e interpôs recurso ao TST , na expectativa de que fosse reduzido. A indenização foi fixada de acordo com as peculiaridades do caso concreto e em observância ao princípio da razoabilidade e da proporcionalidade ao dano sofrido, afirmou o ministro João Batista Brito Pereira, que analisou o recurso da empresa na 5ª Turma do TST.
O relator transcreveu em seu voto parte do acordo regional em que ressalta que a indenização trabalhista é devida por “causa do dano, da dor interior, que se mistura e infunde na vítima a sensação de perseguição”.
Fonte: Espaço Vital

3.6.10

Praga



Praga - República Tcheca

2.6.10

Hungria




Budapeste - Hungria

Buenos dias!!!

Bom dia,



Hoje é um daqueles dias em que todos estão na marcha lenta, e comigo não é diferente!


Portanto, não só hoje, como nos próximos dias, as postagens serão de lindas imagens da humanidade.


Como sempre explico, meus escritos e minha faculdade tomam muito tempo, e de vez enquando preciso "abandoná-los", mas é rapidinho, só até passar a maré alta de trabalhos e prazos a cumprir!!


Selecionei diversas imagens do mundo todo, espero que gostem e comentem se necessário!!


Estarei diariamente aqui e no Twitter, portanto, qualquer coisa, me chamem!!


Grande abraço!!


VIVA A VIDA

25.5.10

Parabéns EUA



Parabéns EUA, ficou mais uma vez comprovado que o meio ambiente é que é o lixo para este tipo de gente, o que importa é lucrar, lucrar e lucrar!! Para quê se preocupar com o meio ambiente? Se os magnatas vão estar nas Bahamas olhando tudo pela TV a cabo!!

Parabéns barões do petróleo, agora seu petróleo é nosso, infelizmente.

24.5.10

Reconhecida a hipoteca judiciária no processo trabalhista

A hipoteca judiciária é efeito da sentença condenatória e pode ser declarada de ofício pelo julgador, independentemente de requerimento do credor. A interpretação unânime é da 7ª Turma do TST, ao rejeitar recurso de revista da relatoria da juíza convocada Maria Doralice Novaes, apresentado pelo Banco Itaú.
O TRT-3 declarou, de ofício, a hipoteca judiciária sobre os bens da empresa na quantia suficiente para garantir a execução em processo trabalhista, nos termos do artigo 466 do CPC, mesmo sem o pedido do empregado. Segundo o tribunal, a hipoteca é uma ferramenta valiosa que a lei processual coloca nas mãos do juiz para garantir a eficácia das decisões judiciais.
Antes de deferir o pagamento de diferenças salariais ao empregado, o TRT-3 constatou a existência de subordinação direta entre o trabalhador e a tomadora dos serviços Fundação Pampulha de Assistência à Saúde (do grupo Itaú), apesar da contratação por meio da empresa prestadora de serviços Conape, e o exercício de atividades tipicamente finalísticas da instituição. Portanto, o reconhecimento do vínculo de emprego do trabalhador com a Fundação foi resultado da aplicação do item I da Súmula nº 331 do TST.
No recurso de revista ao TST, o Banco Itaú e a Fundação Pampulha argumentaram que a hipoteca judiciária é inaplicável ao processo trabalhista e completamente desnecessária na hipótese, porque as empresas do grupo garantem suas execuções em dinheiro. Alegaram violações legais e constitucionais, além de divergência jurisprudencial.
Entretanto, como destacou a juíza Doralice, a própria sentença vale como título constitutivo da hipoteca judiciária, e os bens com ela gravados ficam vinculados à dívida trabalhista, de forma que, mesmo se vendidos ou doados, podem ser retomados judicialmente para a satisfação do crédito do empregado. Na opinião da relatora, a hipoteca judiciária é instituto processual de ordem pública que tem como finalidade a garantia do cumprimento das decisões judiciais, impedindo o dilapidamento dos bens do devedor, em prejuízo da futura execução, e independe de requerimento do credor. A juíza Doralice ainda esclareceu que “a hipoteca judiciária é importante instituto processual para minimizar a frustração das execuções” - medida ainda mais justificável na Justiça do Trabalho, tendo em vista a natureza alimentar dos créditos discutidos.
A relatora também não verificou a ocorrência de divergência jurisprudencial, nem das violações constitucional e legais alegadas pelo Itaú e pela Fundação para autorizar a análise do mérito do recurso de revista. Por consequência, o recurso foi rejeitado. (Proc. nº 64100-36.2007.5.03.0025 - com informações do TST).

21.5.10

Crime hediondo e polêmica em torno de leis crescem

Cresceu em 31% o número de pessoas presas por cometer um crime hediondo. Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), são mais de 140 mil condenados por esse tipo de crime, conforme registro de dezembro do ano passado. Mesmo assim, os parlamentares estudam maneiras de tornar as leis mais rígidas, por conta de episódios como a série de assassinatos em Luiziânia, em Goiás. A informação é da Agência Brasil.

Hoje, o Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo. São 361 mil detentos. Desse número, 36% são provisórios, ou seja, há mais de 150 mil pessoas aguardando julgamento. Um grupo de parlamentares fez uma audiência pública para tratar da possibilidade de mudança no Código Penal e nas leis de execução penal e de crime hediondo. Enquanto isso, outro grupo teme complicar ainda mais a superlotação nos presídios. “As sensibilidades afloram quando há um caso extremo como o caso do maníaco de Luziânia”, disse o deputado Domingos Dutra (PT-MA), ex-relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Penitenciário. Para ele, não é aconselhável mexer nas leis agora. “Não podemos legislar nesse momento de tragédia, quando a comoção social é muito grande.”

Segundo o parlamentar, as alterações feitas na legislação na década passada, em clima de comoção nacional, “agravaram a superlotação do sistema carcerário”. Para o advogado criminalista, Dálio Zippin Filho, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, “o aumento do rigor da legislação penal não resolveu em lugar nenhum o problema dos crimes, nem a pena de morte. Isso não funciona como intimidação, assim como não funciona prisão perpétua”.

Segundo Zippin Filho, “as penas com mais de dez anos de duração não produzem efeito”. Para o advogado, a função da prisão, mais do que a mera punição, é reintegrar, ressocializar, fazer a prevenção de novos crimes e afastar os envolvidos. “A prisão deveria ser aplicada quando todos os mecanismos tivessem falhado”, apontou defendendo a aplicação de penas alternativas.

Situação alarmanteNa semana passada, o Ministério da Justiça mostrou a preocupação em reduzir o número de detentos e enviou para a Câmara dos Deputados pedido de aprovação de orçamento de R$ 500 milhões. A primeira providência é acabar com as prisões em delegacias. Com a verba, o governo quer criar de imediato 37.915 vagas.

O texto está na fase de proposições de emendas na Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados. O Ministério da Justiça justifica a necessidade do orçamento também pelo fato de a população carcerária ter crescido 31% de 2005 para 2009. Entre as mais de 170 mil vagas faltantes, 70 mil são de presos custodiados em delegacias de polícia, que deveriam estar em penitenciárias ou cadeias públicas.
Fonte: Consultor Jurídico

20.5.10

E onde está a garantia constitucional do "tempo razoável" do processo??

A Justiça tarda mas não falha?

A 6ª Turma Especializada do TRF-2, por unanimidade, condenou a União a indenizar, por danos materiais, duas proprietárias de imóvel situado na Estrada da Barreira, no município de Teresópolis (RJ), após desmoronamento do aterro rodoviário da BR-116, que soterrou a casa e o terreno das proprietárias em 1991. O acidente provocou a morte de 17 pessoas que moravam na vizinhança.
De acordo com a decisão, a União terá que pagar R$ 64 mil, correspondentes ao valor do imóvel soterrado. O relator, desembargador federal Guilherme Calmon, lembrou, em seu voto, que, de acordo com o artigo 37 da Constituição, é preciso que fique comprovada a relação de causa e efeito entre o dano sofrido e a conduta da Administração Pública, para que ela possa ser responsabilizada. Para o magistrado, foi o que aconteceu no caso.
Calmon destacou que, após a análise dos autos, "ficou demonstrado o nexo de causalidade entre a falta de conservação da rodovia, atribuição esta que é de responsabilidade da ré (DNER), e o dano suportado pela parte autora (as proprietárias) com o soterramento de imóvel de sua propriedade".
No entanto, o magistrado negou o pedido de indenização por dano moral. "As autoras não se encontravam no local no momento do acidente, nem tampouco qualquer parente, ou seja, o imóvel encontrava-se vazio; verifica-se, ainda, que o imóvel em questão não era utilizado como moradia das autoras, as quais residem no município do Rio de Janeiro, no bairro do Leblon. Assim, o evento não trouxe como consequência dano à dimensão da dignidade das autoras", encerrou.
Dado negativo é que o processo tramita desde 1992, tendo demorado dez anos para ser sentenciado e mais de seis anos para ser julgado.
Conforme informações do saite da Justiça Federal do Rio de Janeiro, somente entre a publicação da sentença e a remessa dos autos ao tribunal transcorreram oito meses. (Proc. nº 1992.51.01.049660-8 - com informações do TRF-2 e da redação do Espaço Vital).
Fonte: Espaço Vital

19.5.10

SERES, REALMENTE, HUMANOS

SERES, REALMENTE, HUMANOS



André Silveira



Caminhando pela rua é fácil perceber o jeito de cada pessoa. Alguns se vestem de uma maneira, outros de outras, mas todos têm o mesmo estilo que acaba, muitas vezes, ficando de lado: O “ser” um humano. Explico:

Nós somos seres sociais, nos vestimos para determinadas situações, somos cordiais, às vezes agressivos, votamos, cuidamos da casa, namoramos, casamos, trabalhamos, enfim, fazemos uma série de atividades que determinamos como rotina em nossas vidas.

Porém, antes de sermos seres sociais, nós somos seres humanos, e temos alguns princípios intrínsecos de nossa natureza que merecem ser preservados, mas que cada vez menos estão sendo exercidos, como por exemplo, o raciocínio lógico para com as coisas que fazem bem à natureza.

Estamos num momento social em que é mais importante um jogo de futebol do que preservar um parque da cidade, e isso é o mais puro exemplo do que expliquei acima, ou você não está neste momento se perguntando como alguém pode falar isso? E pensar isso é normal, pois é o pensamento que está “encrostado” na sociedade humana atual, onde os valores estão invertidos, e as pessoas elegem suas prioridades de forma equivocada, não porque querem, mas por impulso dos seres sociais, que pensam mais no futuro da sociedade como conjunto, do que no conjunto como sociedade.

Vamos preservar os fundamentos de nossa existência, bem como, o ambiente em que vivemos, pois sem ele não existimos. Então ao invés de ir ao jogo de futebol hoje, plante uma árvore, escreva um livro, limpe um parque, preserve a existência de nossa raça. Pense, afinal, você é um ser “humano”.

18.5.10

Visite!! Templo Budista em Três Coroas - RS

Buenas, aqui fica uma dica de passeio e retiro espiritual...é o templo budista de Três Coroas, no Rio Grande do Sul.


É um lugar de muita paz, que traz energias positivas à mente, com certeza só tem a acrescentar na vida daqueles que forem de mente aberta e em busca de sabedoria e paz.



O Khadro Ling (templo) é a sede do Chagdud Gonpa Brasil, uma organização sem fins lucrativos destinada ao estudo e prática do Budismo Tibetano. Uma comunidade de praticantes budistas mora no local e em suas terras fica o primeiro templo tibetano tradicional da América Latina.


Budismo, hoje, refere-se aos ensinamentos transmitidos no séc. VI a.C. por Sidarta Gautama, o Buda Shakiamuni. Em essência, Buda ensinou para as pessoas o caminho da sabedoria, isto é, como alcançar a completa liberdade do sofrimento, a iluminação. O potencial para se tornar um Buda é inerente a todos e, com desejo e empenho, é possível alcançar tal realização. Sabedoria ou prajna, em sânscrito, num sentido comum, significa natureza absoluta, “a mente em estado de absoluta normalidade.

Horários de visita

Terças às sextas:das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h.

Sábados, domingos e feriados:das 9h às 16h30.

Segundas: fechado.

Estr. Linha Águas Brancas, 1211 Cx. Postal 121 CEP 95660-000 - Três Coroas - RS - Brasil


Vale muito a pena!! Neste lugar encontrei um pouco de minha sabedoria sobre as coisas mais simples da vida...então é só ir de mente aberta e com fé na vida que com certeza os seus valores serão majorados!!
Grande abraço.

17.5.10

O QUE É HERMENÊUTICA?

O QUE É HERMENÊUTICA?
A hermenêutica é a teoria ou a arte da interpretação. Ela surge, enquanto filosofia, como desenvolvimento das hermenêuticas jurídica, bíblica e literária e tem seu apogeu na metade do século XX. Apregoa, em breves linhas, que a verdade é fruto de uma interpretação. Se, antes, era uma teoria que ensinava através de metodologias como interpretar textos, agora, como filosofia, a hermenêutica significa um posicionamento diante do problema do ser e da compreensão que dele possamos ter.
Existe uma extensão no âmbito da hermenêutica que vai da interpretação de textos até a compreensão do ser em geral, ou seja, compreensão do mundo humano. Do texto ao ser; da metodologia à ontologia. A hermenêutica como ontologia caracteriza o ser com a lingüisticidade e com a temporalidade.
Para a hermenêutica a linguagem adquire um papel fundamental, especialmente após a chamada reviravolta lingüística (linguistic turn) ocorrida no século XX. No entanto, diferentemente de uma análise lógica e gramatical da linguagem ou de uma análise lingüística, enquanto ciência geral dos signos, a hermenêutica tenta compreender o acontecer da linguagem na sua unidade e genuinidade.
Quando falamos do ser, das coisas, de nós mesmos, estamos sujeitos aos efeitos da história e à tradição lotada de palavras, narrações, mitos, textos, enfim, que substanciam nossa visão da realidade e que, no conjunto, constituem o ser. Assim, existe algo antes de nós que nos domina. Pensamos em nós, pensamos o que outros pensam de nós e também pensamos nos projetos futuros. Ser é linguagem e é tempo. Ser é evento, é princípio. Ele se dá, acontece e manifesta-se lingüisticamente. É um apelo dirigido ao homem e ao qual ele (cor)responde. Não existiria ser sem o homem; da mesma forma que não existiria o homem ser o ser.
Qual a relação do homem com esse ser que acontece como linguagem e no tempo? Essa relação acontece através da pré-compreensão: o processo de desenvolvimento da interpretação.
Se o homem está jogado no fluxo da linguagem, ou seja, no conjunto lingüístico-temporal da tradição, e se o ser é aquilo no qual estamos desde sempre jogados, isso significa que não existe a neutralidade e que jamais encontramos as coisas diretamente. Sempre teremos a intermediação e os condicionamentos lingüístico-culturais. Assim, a pré-compreensão antecipa nosso conhecimento da realidade. E o ser nos ajuda nesse conhecimento já que nos predispõe à realidade. Se o homem se coloca o problema do ser é porque já dispõe de uma compreensão vaga e mediana do ser – essa é a pré-compreensão. A pergunta acerca do ser só é possível porque já temos uma certa direção ou indicação.
O círculo hermenêutico, que também caracteriza a compreensão, significa o constante mover-se do já compreendido ao compreendido; da pré-compreensão à compreensão. Interpretar significa entrar constantemente nesse círculo e encará-lo não como um limite negativo ao conhecimento, mas como sua condição. O círculo hermenêutico é uma das muitas “provocações” da hermenêutica ao conhecimento científico tradicional, o qual não aceita essa circularidade simplesmente para evitar problemas lógicos.
O círculo hermenêutico fica ainda mais claro quando consideramos que somente dentro de uma totalidade de sentido previamente projetada algo singular aparece como algo. A interpretação como resultado da compreensão circular pressupõe, como condição de possibilidade, o círculo hermenêutico.
A interpretação enquanto resultado da pré-compreensão também é linguagem e também é tempo, já que acontece no tempo e depende do que lhe é oferecido pelo tempo. A interpretação é dirigida ao ser. No entanto, é impossível conhecê-lo de modo exaustivo, total e definitivo. Toda interpretação, justamente por ligar-se à linguagem e ao tempo, será histórica, relativa e transitória. Isso é o que chamam na filosofia contemporânea de consciência histórica. O homem sempre está implicado no ser ao qual dirige sua interpretação. Essa interpretação visa sua situação hermenêutica sempre incompleta, histórica e nunca autotransparente, como se fosse uma verdade clara e distinta, necessária e universal! A interpretação pressupõe uma alteridade, uma diferença. Sempre estará presente algo que nos é estranho e distante. A interpretação visa justamente diminuir essa estranheza e essa distância, a qual pode ser histórica, cultural ou psicológica. Todo um conteúdo ético ingressa na hermenêutica a partir dessa consideração anterior, ou seja, a da tolerância, do diálogo, do ouvir e interpretar aquilo que é distante e estranho.
Enfim, a interpretação tem duas características que nunca poderão ser afastadas: a pertença e participação daquele que interpreta e a distância, alteridade e diferença daquilo que se interpreta. Desse modo, a irredutibilidade da existência que interpreta aos objetos do mundo natural, bem como sua singularidade de ente privilegiado que se coloca o problema do ser levam toda a problemática da hermenêutica a um deslocamento, qual seja, o deslocamento do âmbito psicológico-existencial (Kierkegaard e existencialismo) e do âmbito epistemológico (Dilthey e historicismo) ao âmbito da ontologia existencial, ao âmbito do ser considerado como linguagem e como tempo. A ontologia existencial vê o homem e as coisas imersos no ser e por ele constituídos. Cada evento será, portanto, uma individualidade irredutível e não integrável em esquemas especulativos e filosóficos.
O ser lingüístico e temporal é a alteridade e a diferença; a compreensão relativa e transitória liga-se ao ser através da pertença, da pré-compreensão e do círculo hermenêutica; e o resultado disso é a verdade como fruto de uma interpretação. Sendo a interpretação incompleta e sempre irredutível, foi lançada à hermenêutica a acusação e o estigma de um paradigma relativista. No entanto, geralmente quem a acusa de relativista ainda está submerso numa tradição que trabalha com dualismos e que pressupõe, contra o relativo, algo constante, uma essência duradoura, algo universal, etc.
Mesmo enfrentando essa acusação, a hermenêutica ainda visa restituir a dignidade e a profundidade ao trabalho do pensamento, da filosofia. No entanto, essa tarefa é perigosa num contexto de “fim” e de destruição da filosofia. Se a hermenêutica fosse relativista, ela não se importaria ainda com as tarefas impostas à filosofia em tal contexto. Então, como dar dignidade à filosofia num contexto historicista, pluralista e perspectivista da verdade, principalmente depois da dissolução do hegelianismo? É possível um pluralismo não relativista da verdade?
A hermenêutica atual, seja teológica, histórica, das ciências do espírito ou relacionada com a problemática fundamental da própria filosofia, deve ser analisada a partir do contexto de problemas de toda a filosofia moderna. As questões da filosofia moderna, quando lançadas no quadro de referência da hermenêutica, são ampliadas e aprofundadas. Por isso que alguns autores inseridos na tradição da hermenêutica defendem uma posição “pós-moderna”.
Uma das questões da filosofia moderna, talvez a principal delas, é a teoria do conhecimento, epistemologia, gnoseologia e sua relação com o problema da autofundamentação do conhecimento filosófico. Quando lançada no quadro da hermenêutica, a tradição filosófica do racionalismo, do empirismo e do idealismo adquire uma outra formatação. Depois da “destruição” dessa tradição, no sentido positivo dado por Martin Heidegger, ou depois da “desconstrução”, no sentido de Derrida de ressaltar os dualismos paradoxais da modernidade, essa tradição adquire um novo sentido revolucionário para o âmbito do conhecimento.
Seja como for, a interpretação torna-se a porta de entrada para novas possibilidades de pensamento e da própria filosofia, muito além do idealismo e além do objetivismo científico (positivismo). Assim, a hermenêutica trata do problema da verdade e das novas formas, contornos e tarefas da própria filosofia.
Os autores principais da hermenêutica são: Scheleiermacher, Dilthey, Martin Heidegger, Hans-Georg Gadamer, Pareyson, Paul Ricoeur, Jacques Derrida, Gianni Vattimo, Bultmann, Barth, Fuchs, Ebelling, Hanna Arendt, Jonas, Löwith, O. Marquard, R. Bubner, dentre vários outros.
Por Fabrício Carlos Zanin
Fonte: Instituto de Hermenêutica Jurídica