13.10.09

Existe algo depois da montanha da mediocridade

Existe algo depois da montanha da mediocridade


André Souza da Silveira


Qual é o sentido da vida? Essa é a pergunta que não tem resposta, mas que todos buscam.

Quantas vezes você parou e pensou nisso hoje?

A todo instante alguém busca essa resposta, seja por curiosidade, por desilusão, por ódio, por amor, por raiva, enfim, num momento ou noutro os sentimentos humanos remetem a apenas uma pergunta: “porque tudo isso?”.

Cada vez que pensamos sobre isso somos enviados a patamares desconhecidos da mente, confabulando sobre a existência do universo e todo o mistério que o rodeia, ou, apenas lembramos dos milhares de cientistas que devem estar pensando nisso neste momento, então é melhor deixar pra eles resolverem esta questão, melhor continuarmos levando nossa vidinha medíocre imposta pela sociedade, sem buscar objetivo relevante, apenas viver e fazer o que a sociedade exige. Afinal, somos máquinas, não somos?

A vida é realmente um mistério, tudo é um verdadeiro mistério, mas as pessoas hoje em dia estão ocupadas demais para pensar nisso, estão em seus carros, indo de um lado para o outro, cuidando para não se atrasar, ou estão em seus empregos, trabalhando para ter muito dinheiro, para reformar sua casa, ou quem sabe comprar metade do shopping num final de semana.

A mente humana não está evoluída o bastante para suportar a carga da verdade, ou pelo menos da busca pela verdade, se é que há verdade, pois o desconhecido faz parte de tudo que tocamos e vemos, mas a mente humana é voltada para o palpável, apenas para o que é fácil de se compreender.

Quando lemos um livro começamos ele do começo, para poder entender seu meio e fim, então porque o ser humano, que é o único ser conhecido capaz de raciocinar sobre sua existência, não utiliza a mente para tentar entender as origens de tudo, ou tentar raciocinar como as coisas estão aqui, como tudo está em harmonia, como a matéria forma corpos, enfim, a mente humana é capaz de fenômenos, capaz de fazer isto que faço neste momento, questionar sua própria existência.

Existem conservadores que dizem não ser possível questionar tanto, pois tudo é obra de Deus, e eu concordo em parte, mas de tudo surge um questionamento, por exemplo, porque Deus nos deu a capacidade de raciocinar se nem ao menos conseguimos entender o que estamos fazendo aqui? Porque tudo é um grande mistério? Qual o sentido de existirem as coisas que vemos, que tocamos? A atmosfera, a água, tudo isso, da onde vem?

É daí que me pergunto, “se a vida do homem é um livro, porque não conseguimos ler o inicio, mas calculamos muito seu fim?” é como se o livro da vida estivesse sem uma parte, e é mediocridade viver a curta vida do ser humano sem se perguntar da onde vem a realidade em que vivemos.

É necessário ultrapassar os lindos campos verdes da primavera, onde tudo é maravilhoso e não falta nada e ir em busca do desconhecido, ir atrás das origens da existência, ultrapassar as montanhas da mediocridade atrás da verdade real, da explicação, onde apesar de tortuosos os caminhos, nos levam aos louros da descoberta, onde os campos devem ser inexplicavelmente maravilhosos, onde os frutos estão sempre frescos, e a água é limpa e pura, ou apenas haverá escuridão, com arvores secas e ruínas deterioradas, um visual horrendo.

Então o cerne é: esforçar-se para descobrir a verdade, atrás de uma maravilha sem fim, em busca do conhecimento extremo, mas correndo o risco de uma enorme decepção, podendo descobrir a farsa que pode ser tudo isso ou apenas viver a vida conforme a sociedade exige, sem buscar definitivamente a explicação da realidade, tendo como objetivo a busca apenas pela felicidade?


Portanto, existe algo depois da montanha da mediocridade, agora, se vale a pena ir atrás ou não, é o “X” da questão. Quem pagar pra ver ou saberá de tudo ou não saberá mais nada.

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